segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dupla resgata estilo

Quem costuma surfar no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo ou Santa Catarina, tem percebido ultimamente a presença constante de duas belas longboarders, que chamam a atenção pelo desempenho dentro da água.

Com surf diferenciado pela suavidade, graça e elegância, Fernanda Daichtman e Patrícia Sodré fazem parte de um seleto grupo de surfistas pela forma como encaram o esporte.


Para as duas, quando se fala em longboard é impossível não usar sentimentalismo barato, já que elas são apaixonadas pelas pranchas grandes e tudo que envolve a modalidade.

“Atualmente alguns valores essenciais do surf parecem estar um pouco esquecidos. O longboard respira paixão e representa fielmente o símbolo do soul surf”, afirma Fernanda Daichtman.

A carioca Patrícia Sodré tem uma longa história com os pranchões. Filha do longboarder Guy Sodré, Patrícia começou sua relação com o mar desde que nasceu. A partir de 2001, ela começou a surfar de longboard e a identificação foi imediata.

Patrícia é uma das pioneiras do longboard competitivo feminino no Brasil, em uma época de grandes campeonatos nacionais e internacionais. Mesmo sucumbindo em determinado período, estes eventos foram fundamentais para a consolidação da categoria.




Depois de um longo período se dedicando à vida de surfista profissional, as competições deram uma esfriada. Ao perceber essa lacuna, Patrícia se aventurou em atividades fora da água. Hoje ela é designer de moda e criou sua própria marca de biquínis, mas nunca abandonou o surf definitivamente, pois para ela surfar vai muito mais além do que competir.

Embora compartilhe da mesma filosofia que a amiga, Fernanda Daichtman se dedica bastante às competições. A atleta é a atual vice-campeã brasileira profissional e campeã paranaense. Segundo ela, foi a melhor forma que encontrou no momento para viver intensamente dentro da água.

Por encararem de maneira diferenciada o esporte, elas naturalmente respeitam os fundamentos básicos que caracterizam o surf de longboard, com um estilo refinado, leve e elegante.

Mesmo ao concordarem em muitas coisas sobre a modalidade, cada uma delas ressalta aspectos diferentes dentro deste resgate cultural.

“Tenho muito interesse na cultura do surf e na forma como se surfava antigamente. Admiro surfistas como Lance Carson, David Nuuhiwa, e Joel Tudor. Tudo isso acabou sendo determinante para influenciar na forma como surfo, mesmo sabendo das minhas limitações”, afirma Fernanda.

Já Patrícia Sodré parece se apegar bastante ao desprendimento que o longboard representa, principalmente à camaradagem que envolve os praticantes.

“Apesar de me interessar pelo lado cultural e parte técnica, o que mais me agrada é a vibe dentro da água, símbolo do soul surf”, diz a carioca.

Com todo este envolvimento no longboard, a vontade delas é devolver à modalidade tudo o que receberam. Alguns projetos que visam fortalecer o longboard feminino por meio do resgate da essência é um dos objetivos das longboarders em busca de uma vida intensa no surf.

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